domingo, 16 de maio de 2010

Olhares

Na verdade, tudo passa lentamente como uma tortura sem fim.
Realmente reflete os meios, os fins, e quando nada justifica, nada faz sentido.
Nas raízes do medo apenas sobras...
No caminho, apenas trilhas desgastadas.

Esperança ao norte, velocidade ao sul, leste alegria, oeste fim.
Olhar ao horizonte, busca infinita pelo que está no final do arco-íris.
Ilusões, verdades, fantasia?
O que nos abriga na solidão urbana?

Enquanto estamos sós o que podemos fazer?
Olhares mútuos...
E quando podemos fazer o que nos resta?
Olhares indiscretos...

Vou violentá-la com olhares devassos...
Olhares tenros...
Olhares sérios...
Olhar...

Não há o que se enxergar.
Sentir esta na fortaleza.
Absorva-me antes que não exista mais...
Quando o olhar se fechou.